quarta-feira, 13 de abril de 2011

DRACULA (o real)

Existem outras estórias escritas no séc.XIX sobre vampiros anteriores à obra de Bram Stoker. Existia "O vampiro" de John Polidori, em 1819, com seu personagem vampiro herói/vilão Lord Ruthven, que era na verdade modelado a partir do famoso poeta Lord Byron.


Como produto da mesma safra de escritos que tinha também Frankenstein, de Mary Shelley, Polidori desenvolveu um conto assustador de vampiro baseado em sugestões de Lord Byron. Alguns crêem que o próprio Byron escreveu a estória, mas não é o caso... Polidori o escreveu. Então veio Carmilla, escrita em 1872 por um irlandês chamado Joseph Sheridan Le Fanu; sem dúvida que esse trabalho influenciou o trabalho de Stoker. Porém, no conto de Fanu, a vampira é uma mulher.


Houve também uma ficção inglesa de 1847 chamada "Varney, o vampiro". Era um autêntico conto de terror da época, mas de qualidade questionável. O Dracula de Bram Stoker, porém, é o melhor dos contos de vampiros. Hoje, mais de um século após sua criação em 1897, Dracula ainda é um arquétipo de vampiro. Porém, existem na verdade dois Draculas. Um é fictício, o de Stoker. O outro é real. Ele foi conhecido como Vlad, O Empalador, ou - como seu pai chamava-se Dracul (que significa dragão, ou demônio) - ele era também conhecido como Dracula, que significa "filho de Dracul".


Vlad Dracula era um príncipe romeno real que viveu no séc. XV e era notável por suas campanhas militares contra os turcos. Na Romênia, ele até hoje é um herói. (Aliás, o exército romeno atual o homenageou batizando o moderno helicóptero de assalto de AH1 RO-Dracula.) Vlad tinha também prazer em assassinatos em massa e sua forma favorita de matar inimigos era empalando-os.


Era como uma espécie de crucificação, mas ao invés de erguer a vítima em uma cruz, a vítima era empalada, de baixo para cima por uma longa lança de madeira. Em outras palavras, a estaca era enfiada no corpo verticalmente. O corpo então era mostrado à Vlad Dracula, que se deliciava em almoçar em meio à uma floresta de corpos empalados.



Alegam que Vlad matou certa vez 20.000 turcos dessa maneira e os colocou enfileirados, como espantalhos, para assustar seus inimigos. Vlad não tinha limites para suas técnicas de empalamento. Ele também gostava de cozinhar suas vítimas e cortar-lhes as cabeças. Se Vlad Dracula era um verdadeiro vampiro, não parecia. Mesmo assim, de acordo com as contagens recentes de Dracula (McNally e Florescu em "Busca por Dracula"), Vlad realmente usava o sangue de suas vítimas como molho para suas refeições, onde mergulhava seu pão.


Isso foi dito também no documento chamado "A história do sanguinário maluco chamado Vlad da Valáquia", escrito em 1463 e somente descoberto recentemente. Então, após tudo isso, é possível que Vlad gostava de consumir sangue humano. Influenciado pelo Vlad Dracula, o vampiro que Bram Stoker criou era mais baseado, e, francamente, mais feio do que os vilões das filmagens típicas. Como já foi dito, o filme alemão de 1922 "Nosferatu" mostra Dracula como Bram Stoker gostaria que ele fosse.


Lembre-se de que os vampiros, de acordo com as lendas, são essencialmente feios, fedidos... apenas corpos não decompostos; Stoker e o filme de 1922 seguiram essa tradição do "vampiro grotesco", que se diferencia das suaves e sensuais versões modernas do mito.


© 2001, traduzido por Lewd - original em www.sistinas.com.br

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